condicional
E se amanhã, ao acordar, ela pudesse ver as coisas de uma outra forma. E se o arbusto da entrada do prédio tivesse outra cor, se os enfeites de Natal desaparecessem, se o céu estivesse claro e os motoristas não passassem no vermelho como jogam papel de bala ou bituca na rua... E se o tempo sobrasse, se a praia fosse logo ali, se o ano fosse apagado, se a vida pudesse ser editada? E se ela olhasse para ele e tremesse, se ele acordasse e suspirasse, se um chinês louco batesse na porta e eles não atendessem... E se saíssem para passear e estivessem em outro país, se a língua falada não fosse compreendida, se frutas se espalhassem pelo chão, se a rapidez e a pressa não existissem? E se fossem os mesmos, mas outros, e pudessem se estranhar e se enxergar, se pudessem se fisgar um ao outro novamente, frescos, novos, sem o cansaço e as perdas do caminho?
2 Comments:
E se não houvesse mais tempo? Feliz Natal! Abraços do Nuedos (http://apeh.blogs.sapo.pt/)
Pois é, Nuedos, o problema é precisamente este...
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