Ontem Parvati estava na cozinha quando viu uma mahabharata sobre a pia. Gritou para Shiva, que assistia tevê na sala e que não se abalou, naturalmente. Então, ela foi para o escritório e encontrou alguma paz no meio dos livros.
Ganhei um livro que faltava de Natal, junto com o começo do post, um miniconto do cunhado. Muitas risadas. Mas hoje, nem a mesa cheia de livros abertos, que costuma me acalmar, funcionou. Estou triste. E paralisada. Não dá para fazer nada... A mãe chorando sozinha e eu aqui tentando trabalhar sem conseguir. A perda enorme de cada uma. A maior perda, que é dela. Angústia gigante de alguém que já não é muito católico nem tranquilo nem feliz. E o Natal rolando solto na rua, com sua habitual generosidade e amontoado costumeiro, trânsito infernal, filas nas lojas, buzinas histéricas, pressa das compras.
Se pudesse, eu fugia pra Paris...