sonho do rio
Uma expedição em dia de nuvens carregadas. Um vale com suas montanhas gigantescas e, de repente, estávamos caminhando pelas águas. A maré subia. Eu, o tio Chico, a tia Ana, talvez a Carolina pequena e mais umas pessoas. Me perguntava que rio era aquele e via no chão, coberta pelas águas, uma placa esculpida em pedra que tinha o mapa das Américas com o do Brasil, tudo meio misturado mas nítido ao mesmo tempo, com destaque para o Rio Grande do Sul. Eureka! Era o Rio Grande! De volta ao ponto de partida da expedição, numa casinha de madeira e barro, conversava com um velho escuro, parecido com meu bisavô materno. Ele explicava coisas dos rios ou dos tempos e eu pensava que era para isso que os velhos serviam, para contar as histórias e explicá-las aos outros, afinal, eles tinham tempo. Em um determinado momento, sentia a casa balançar por causa das águas e perguntava ao velho se não havia perigo. Ele dizia que os fundamentos das casas daquela região eram profundos e que, portanto, não havia problema. Acordei divertida.
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